Não posso dizer que para mim é fácil fechar notas do semestre, pois não é!
Eu gostaria de poder dizer que todos os alunos tiveram êxito, foram super comprometidos e realmente aprenderam. No entanto, a verdade nua e crua é que a curva de distribuição normal existe - e o que fazer com os - 5%????
Infelizmente o lado emocional do professor é tão expressivo quanto o lado racional na hora de estudar um assunto específico - ou seja, nos envolvemos de verdade. O escudo protetor são as mirabolantes fórmulas que darão origem à tão esperada média final do semestre.
Mas... sempre tem o mas...
Chega um momento em que você sabe que o aluno não vai absorver mais nada - está saturado de pouca vontade, de preguiça, de mimos, e de fantasias sobre a vida: "eu não quero isso, mesmo..." ou "eu não vou trabalhar nessa área..." ou ainda "não consigo escrever aquilo que sei", "você só aceita se for do seu jeito"...
É nesse momento, o grande dilema: reprovação ou empurrão?
A reprovação só tem valia se for possível uma futura aprovação. Mas quando se percebe que o aluno não quer aprender, e que rete-lo na disciplina será mais um semestre de desgosto.... o empurrão é o remédio. Mas para o professor, porque para o aluno.... o futuro será o grande mestre. A vida ensinará aquilo que os estudos não transmitem.
Compartilho dois links sobre o assunto polêmico...
http://www.aldobizzocchi.com.br/artigo16.asp
Parafraseando o autor: "Como professor universitário que tem procurado ao mesmo tempo oferecer aos alunos o máximo de conhecimento superior de qualidade e sanar na medida do possível suas deficiências de formação, sinto-me numa encruzilhada e confesso que não tenho soluções de curto prazo a oferecer. A única saída — de longo prazo —, se esperamos que o Brasil tenha algum futuro, é investir urgentemente no ensino básico."
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2008/12/professores-revelam-o-drama-do-momento-da-reprovacao-2336316.html
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